domingo, 19 de setembro de 2010

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Aspectos gerais

Apesar do desconhecimento por parte da maioria das pessoas, o álcool também é considerado uma droga psicotrópica, pois ele atua no sistema nervoso central, provocando uma mudança no comportamento de quem o consome, além de ter potencial para desenvolver dependência. O álcool é uma das poucas drogas psicotrópicas que tem seu consumo admitido e até incentivado pela sociedade. Esse é um dos motivos pelo qual ele é encarado de forma diferenciada, quando comparado com as demais drogas. Apesar de sua ampla aceitação social, o consumo de bebidas alcoólicas, quando excessivo, passa a ser um problema. Além dos inúmeros acidentes de trânsito e da violência associada a episódios de embriaguez, o consumo de álcool a longo prazo, dependendo da dose, freqüência e circunstâncias, pode provocar um quadro de dependência conhecido como alcoolismo. Desta forma, o consumo inadequado do álcool é um importante problema de saúde pública, especialmente nas sociedades ocidentais, acarretando altos custos para sociedade e envolvendo questões, médicas, psicológicas, profissionais e familiares.

Efeitos agudos

A ingestão de álcool provoca diversos efeitos, que aparecem em duas fases distintas: uma estimulante e outra depressora. Nos primeiros momentos após a ingestão de álcool, podem aparecer os efeitos estimulantes como euforia, desinibição e loquacidade (maior facilidade para falar). Com o passar do tempo, começam a aparecer os efeitos depressores como falta de coordenação motora, descontrole e sono. Quando o consumo é muito exagerado, o efeito depressor fica exacerbado, podendo até mesmo provocar o estado de coma. Os efeitos do álcool variam de intensidade de acordo com as características pessoais. Por exemplo, uma pessoa acostumada a consumir bebidas alcoólicas sentirá os efeitos do álcool com menor intensidade, quando comparada com uma outra pessoa que não está acostumada a beber. Um outro exemplo está relacionado à estrutura física; uma pessoa com uma estrutura física de grande porte terá uma maior resistência aos efeitos do álcool. O consumo de bebidas alcoólicas também pode desencadear alguns efeitos desagradáveis, como enrubecimento da face, dor de cabeça e um mal-estar geral. Esses efeitos são mais intensos para algumas pessoas cujo organismo tem dificuldade de metabolizar o álcool. Os orientais, em geral, tem uma maior probabilidade de sentir esses efeitos.

Álcool e Trânsito

A ingestão de álcool, mesmo em pequenas quantidades, diminui a coordenação motora e os reflexos, comprometendo a capacidade de dirigir veículos, ou operar outras máquinas. Pesquisas revelam que grande parte dos acidentes é provocada por motoristas que haviam bebido antes de dirigir. Neste sentido, segundo a legislação brasileira (Código Nacional de Trânsito, que passou a vigorar em janeiro de 1998) deverá ser penalizado todo o motorista que apresentar mais de 0,6 gramas de álcool por litro de sangue. A quantidade de álcool necessária para atingir essa concentração no sangue é equivalente a beber cerca de 600ml de cerveja (duas latas de cerveja ou três copos de chope), 200ml de vinho (duas taças) ou 80ml de destilados (duas doses).

Alcoolismo

Conforme já citado neste texto, a pessoa que consome bebidas alcoólicas de forma excessiva, ao longo do tempo, pode desenvolver dependência do álcool, condição esta conhecida como "alcoolismo". Os fatores que podem levar ao alcoolismo são variados, podendo ser de origem biológica, psicológica, sociocultural ou ainda ter a contribuição resultante de todos estes fatores. A dependência do álcool é uma condição freqüente, atingindo cerca de 5 a 10% da população adulta brasileira. A transição do beber moderado ao beber problemático ocorre de forma lenta, tendo uma interface que, em geral, leva vários anos. Alguns dos sinais do beber problemático são: desenvolvimento da tolerância, ou seja, a necessidade de beber cada vez maiores quantidades de álcool para obter os mesmos efeitos; o aumento da importância do álcool na vida da pessoa; a percepção do "grande desejo" de beber e da falta de controle em relação a quando parar; síndrome de abstinência (aparecimento de sintomas desagradáveis após ter ficado algumas horas sem beber) e o aumento da ingestão de álcool para aliviar a síndrome de abstinência. A síndrome de abstinência do álcool é um quadro que aparece pela redução ou parada brusca da ingestão de bebidas alcoólicas após um período de consumo crônico. A síndrome tem início 6-8 horas após a parada da ingestão de álcool, sendo caracterizada pelo tremor das mãos, acompanhado de distúrbios gastrointestinais, distúrbios de sono e um estado de inquietação geral (abstinência leve). Cerca de 5% dos que entram em abstinência leve evoluem para a síndrome de abstinência severa ou delirium tremens que, além da acentuação dos sinais e sintomas acima referidos, caracteriza-se por tremores generalizados, agitação intensa e desorientação no tempo e espaço.

Efeitos no resto do corpo

Os indivíduos dependentes do álcool podem desenvolver várias doenças. As mais freqüentes são as doenças do fígado (esteatose hepática, hepatite alcoólica e cirrose). Também são freqüentes problemas do aparelho digestivo (gastrite, síndrome de má absorção e pancreatite), no sistema cardiovascular (hipertensão e problemas no coração). Também são freqüentes os casos de polineurite alcoólica, caracterizada por dor, formigamento e câimbras nos membros inferiores.

Durante a gravidez

O consumo de bebidas alcoólicas durante a gestação pode trazer conseqüências para o recém-nascido, sendo que, quanto maior o consumo, maior a chance de prejudicar o feto. Desta forma, é recomendável que toda gestante evite o consumo de bebidas alcoólicas, não só ao longo da gestação como também durante todo o período de amamentação, pois o álcool pode passar para o bebê através do leite materno. Cerca de um terço dos bebês de mães dependentes do álcool, que fizeram uso excessivo durante a gravidez, são afetados pela "Síndrome Fetal pelo Álcool". Os recém-nascidos apresentam sinais de irritação, mamam e dormem pouco, além de apresentarem tremores (sintomas que lembram a síndrome de abstinência). As crianças severamente afetadas e que conseguem sobreviver aos primeiros momentos de vida, podem apresentar problemas físicos e mentais que variam de intensidade de acordo com a gravidade do caso.

  • Elas estimulam o sistema nervoso central, provocando uma sensação de agitação, maior fluidez no falar e aumento da atividade física e motora. Essa droga é usada muito para o controle do apetite e, não raro, seu usuário acaba se tornando dependente da mesma.

    A primeira anfetamina recebeu o nome de Benzedrina. E era utilizada no tratamento de esquizofrenia, paralisia cerebral infantil e bloqueio coronário dentre outras várias aplicações.

    Sua reação no organismo faz com que ocorra um aumento da frequência respiratória, diminuição do apetite e consequentemente, perda de peso corporal, desnutrição, deficiências vitamínicas. Ela também provoca a dilatação da pupila, perturbação da visão, dores de cabeça, boca seca, aumento da temperatura corpórea, desordens gastrointestinais, arritmia cardíaca, aumento da pressão arterial, ansiedade, psicose anfetamínica, síndrome de exaustão, depressão e alucinações, pensamentos paranóicos, convulsões e estado de coma. A overdose é fatal quando utilizada através de vias venosas.

    Quando o indivíduo passa a usar esta droga frequentemente, o mesmo pode apresentar a psicose-anfetamínica, que é identificado, geralmente em pessoas desconfiadas, esquisitas, obstinadas e muitas vezes violentas. Assim como as anfetaminas, a cocaína apresenta o mesmo quadro.

    • A nicotina, substância contida no fumo, é um estimulante do sistema nervoso central, no qual estreita os vasos sanguíneos, aumentando a pressão arterial podendo causar o infarto. O alcatrão se acumula nos pulmões e causa efisema. O cigarro é a maior causa de câncer no pulmão, podendo causar também a bronquite crônica, além de outras doenças tais como: as vasculares, úlceras do estômago e do duodeno, câncer de língua, de laringe, de estômago, do pâncreas e da bexiga. O câncer não surge apenas através do fumo do cigarro, mas do fumo de uma maneira geral. O fumo está relacionado diretamente ao câncer de mama, câncer de colo de útero e câncer cervical.

      Já foi apontado como fator de risco de 24 doenças diferentes além de aumentar em 10 vezes a chance de ocorrer derrame cerebral e ser responsável por 75% dos casos de efisema e bronquite no mundo. A expectativa de vida de pessoas fumantes torna-se menor do que a daquelas que não fumam. A fumaça do tabaco possui, milhares de substâncias nocivas tais como o polônio, o arsênio, o níquel, o cádmio, o benzopireno. Só no papel do cigarro, são adicionados vários produtos químicos. E nos cigarros com baixos teores de alcatrão e nicotina, outras várias substâncias nocivas ao organismo.

      A fumaça do cigarro leva aos pulmões, ainda: a amônia, benzeno, acetona, formol, entre outros. Durante a gravidez, pode facilitar a ocorrência de abortos, de crianças pré-maturas e de nati-mortas podendo pode fazer com que crianças venham a nascer com peso menor que a média normal ou nascer com anomalias. Nas fumantes, pode facilitar a ocorrência de osteoporose e o aparecimento precoce da menopausa. No homem, o fumo reduz a produção de testosterona.

      As pessoas que não fumam, mas que convivem com aquelas que o fazem, passam a ser fumantes passivos, podendo sofrer distúrbios alérgicos, respiratórios e cardio-vasculares.


      • A cocaína é extraída da folha da coca. Ela age no sistema nervoso central, acelerando a atividade mental e produzindo estados excitação psíquica, e o usuário tem a sensação de que é forte, poderoso, invulnerável, influente, importante e que pode tudo. Depois de algum tempo de uso, começa a achar que está sendo perseguido e espionado.

        Quando inalada ou injetada, provoca euforia, liberando neurotransmissores cerebrais que são substâncias responsáveis pela "comunicação" entre os neurônios. Normalmente o hormônio liberado por um neurônio leva a mensagem para a célula seguinte e depois retorna à célula de onde saiu mas, a cocaína agindo exatamente nesse ponto, bloqueia essa reabsorção causando o estado de excitação, euforia, etc. Um grande problema é que por causa disso há um desgaste excessivo das cargas de neurotransmissores que ao final do efeito, o indivíduo passa por uma depressão forte, fazendo com que o mesmo volte a usar.

        A cocaína é responsável pelo nosso desequilíbrio estimulando o nosso centro de prazer. Sendo assim, a euforia vinda de seu uso, desaparece depois de aproximadamente 30 minutos (depende do usuário) ocasionando uma depressão tão profunda que pode durar até meses dependendo da quantidade que foi consumida e da quantidade de neurotransmissores que gastamos.

        O efeito estimulante desta droga pode ser tão intenso para um indivíduo que o mesmo pode vir a morrer por ataques, hipertensão ou taquicardia ou ainda, por extrema depressão respiratória e coma. Um outro problema da cocaína é que muitas vezes o usuário precisa de uma droga depressora para por exemplo conseguir dormir, isto é, para voltar do efeito da mesma e com isso ele passa a fazer uso de várias drogas o que pode representar um problema ainda maior.

        Dentre os problemas do uso a longo prazo está o derrame cerebral. As pessoas que vendem a droga para ser consumida, acabam por sua vez acrescentando outros materiais (pós brancos), para aumentar o peso. Muitas vezes, os produtos acrescentados à droga podem conter microorganismos também nocivos ao organismo, podendo acarretar uma infecção sanguínea ou pulmonar por exemplo.

        O consumo crônico pode levar à necrose (morte dos tecidos) da mucosa nasal ou das veias, quando injetada, o que aumenta ainda mais o risco de overdose pois pode provocar uma parada cardíaca letal

        • É uma mistura de cocaína, água e bicarbonato de sódio que esquentada se petrifica podendo ser queimada com brasas ou chamas quando é inalada num cachimbo, muitas vezes artesanal, normalmente chamado de "marica". Recebeu o nome devido ao som que produz durante sua queima por se mostrar estalando.

          A absorção do crack é 100% pulmonar e em poucos segundos, atinge o cérebro. Sua ação é mais rápida que a cocaína causando efeitos maiores, deixando assim o equilíbrio cerebral desordenado.

          Essa é uma droga de fácil aquisição e barato. Está ligado a todo o tipo de criminalidade e seus usuários têm idade média entre 10 e 30 anos e reagem conforme a pureza da droga e período de consumo.

          A droga inalada passa pelos pulmões e chega ao cérebro pela corrente sanguínea. Após fumar, a pessoa entra numa euforia que dura de 15 a 20 minutos aproximadamente quando, ao passar o efeito, esta entra numa depressão profunda o que faz com que o indivíduo procure novamente as "pedras" para compensar o estado depressivo tornando a vontade do consumo compulsiva.

          Seus efeitos colaterais são também mais intensos. Dentre os problemas, podemos citar: •Ataques cardíacos

          • Derrame cerebral

          • Problemas respiratórios (congestão nasal, tosse e expectoração de mucos negros)

          • Danos aos pulmões

          • Queima dos lábios, língua e garganta

          • Perda de peso e desnutrição profunda

          • Para um feto quando consumido durante a gravidez, aumenta a possibilidade de aborto, derrame cerebral e morte súbita

          • Depois de explodir na europa e nos EUA, chegou ao Brasil uma substância que já conquistou milhões de usuários. Inspiradas nos festivais psicodélicos dos anos 60 e 70, milhares de jovens, embalados por músicas e luzes, consomem esta substância, em raves e boates, com o intuito de vivenciar momentos prazeirosos num ambiente de luzes e sons.

            O "E" (abreviação de ecstasy) é vendido por um valor que vai de 20 a 40 reais.

            De acordo com alguns depoimentos não é preciso nem acompanhar a batida eletrônica, é só deixar o ritmo conduzir os seus movimentos. É como se você estivesse dentro da música.

            Depois de engolida, a droga "E" chega ao estômago e com 20 a 60 minutos passa para a corrente sanguínea e se espalha para todo corpo. Quando a substância alcança o cérebro, têm início os efeitos. Ela atua sobre os neurotransmissores - mensageiros responsáveis pela transmissão de informação no cérebro que regulam o nosso humor e outras funções do organismo. São três os neurotransmissores afetados: a serotonina, a dopamina e a noradrenalina. O mais atingido pelo "E" é a serotonina - que controla as nossas emoções e também regula o domínio sensorial, o motor e a capacidade associativa do cérebro.

            Como a serotonina também é reguladora da temperatura do corpo, outro risco imediato de quem toma o ecstasy é o da hipertermia, ou superaquecimento do organismo. As mortes associadas à droga são decorrentes quase sempre da elevação da temperatura do corpo acima dos 41 graus. A partir dessa temperatura, os riscos são eminentes. O sangue pode coagular produzindo convulsões e parada cardíaca. Não é à toa que as raves são praticamente as únicas festas em que o consumo de água mineral ultrapassa de longe o das bebidas alcóolicas.

            A substância que define o ecstasy é o MDMA, sigla que significa metilenodioxidometanfetamina. Com esse nome, a droga é confundida com as anfetaminas ou metanfetaminas, outros estimulantes sintéticos ilegais que deixam as pessoas "ligadas". Apesar de ser derivado da anfetamina, o composto MDMA tem uma parte da sua molécula semelhante ao de um alucinógeno. O MDMA não chega a produzir as alucinações do LSD (ácido lisérgico), nem a excitação de substâncias estimulantes como a cocaína. Em compensação, mixa efeitos moderados das duas substâncias - segredo do seu sucesso como "droga social".

            O MDMA provoca uma descarga de serotonina nas células nervosas do cérebro para produzir os efeitos de bem-estar e leveza tão apreciados pelos freqüentadores das raves.

            Com a dilatação da pupila, as luzes ganham um brilho especial e os olhos ficam mais sensíveis - daí os óculos de lentes amarelas, tipo night vision. E o mais notável: uma hipersensibilidade do tato. Qualquer toque no corpo, sob o efeito do ecstasy, tem a sensação multiplicada. Muitos se encostam e se abraçam como se todo o corpo fosse uma grande zona erógena. As mulheres, principalmente, falam do aumento do desejo sexual - uma sensação que acabou conferindo ao "E" outro famoso apelido: droga do amor. Além disso, o "E" é discreto - comparado a outras drogas, não tem o cheiro forte da maconha nem requer uma assimilação agressiva como a cocaína.

            O neurotoxicólogo George Ricaurte, da Universidade John Hopkins, em Baltimore, Estados Unidos, um dos maiores estudiosos do assunto afirma: " Temos evidências de que o MDMA pode provocar danos permanentes ao cérebro." Ricaurte estuda há anos os efeitos do ecstasy no cérebro. Em 1994, mostrou que pessoas que tomaram a droga pelo menos cinco vezes sofrem de apatia, problemas de insônia e têm menor quantidade de serotonina, o neurotransmissor responsável pelas nossas emoções, no cérebro. A baixa de serotonina foi confirmada em 1998 com tomografias realizadas em usuários de ecstasy. Ricaurte faz outro alerta: uma pesquisa recente feita com macacos revelou que os problemas causados pelo MDMA permanecem iguais mesmo depois de sete anos de abstinência da droga.

            É provável que o maior risco do ecstasy, no entanto, não advenha diretamente do MDMA. Como toda substância ilegal, ninguém pode garantir o conteúdo do comprimido que é vendido como ecstasy numa festa ou casa noturna. "Nas amostras que analisamos em São Paulo, encontramos diversas substâncias misturadas ao MDMA", diz o professor Ovandir Silva, diretor do laboratório de análise toxicológica da USP. "Alguns comprimidos continham cafeína e metaanfetamina - droga com alto poder de vício."

            Depoimento:

            "Estava ansiosa. A festa rolava a mil. Eu tinha tomado meio comprimido de 'E' há 30 minutos e nada, nenhum efeito. Mas, aos poucos, meu corpo foi ficando diferente, mais sensível, mais maleável. Quando era tocada em qualquer lugar, sentia o mesmo arrepio de uma carícia atrás da orelha ou na virilha. Um profundo sentimento de harmonia com o mundo foi me preenchendo. Numa rave, as pessoas olham para você e sentem a sua felicidade. Basta um olhar, não é preciso mais nada. As cores ficam nítidas, como se você estivesse dentro de um mundo de cor. Parece um videoclip em que o DJ comanda os seus movimentos por meio do som. Quando eu tomo ecstasy, alterno fases de euforia e de relaxamento. É como a música que mistura a batida eletrônica com sons distorcidos. Você não quer parar de dançar. É o ritmo da galera que contagia. Chega um momento em que tudo parece estar em câmera lenta. O corpo aquece, você sente calor, fica derretendo, derretendo, bebe muita água. Mas não sente fome nem cansaço. Pode agüentar horas na pista. O desejo sexual também aumenta. Pelo menos o meu aumentou. Dividi um comprimido com o meu namorado e pude comprovar esse aumento de prazer. O nome 'pílula do amor' faz sentido. Tinha uma aura diferente entre a gente, um clima de muita compreensão e de carinho pleno em cada toque. Acho que é o contato com a pele que fica diferente. Mas o 'E' dá depressão, sim. Você fica triste depois que o efeito passa. É difícil voltar e encarar a realidade de que a vida não é tão maravilhosa. As coisas ficam estranhas por um tempo. Acho que não compensa tomar o 'E' sempre. Eu, particulamente, só tomo acompanhada do meu namorado."

            • Essa droga tem como base a morfina. O nosso organismo possui um atolerância maior a essa droga do que qualquer opiáceo (ópio, morfina, outros) e, portanto, é mais perigosa devido as misturas usadas na sua preparação.

              É um depressivo cerebral, o qual pode tornar o usuário dependente após a segunda ou terceira dose. Imediatamente, após injetar a droga, o usuário se torna sonolento. A isto se dá o nome de "cabecear" ou "cabeceio". As pupilas ficam fortemente contraídas.

              A Heroína causa inapetência, dependência física e psicológica. A reação inicial é de conforto. Esta sensação desaparece rapidamente, exigindo uma dose cada vez maior, gerando, assim, o processo de dependência.

              A longo prazo causa bronquites, conjutivites e danos nos cromossomos. Seu usuário torna-se um "morto-vivo". Pode causar necrose (morte dos tecidos e das veias), delírios, coma e morte.

              É muito difícil de ser diluída em água e por isso acaba por intupir as veias causando a flebite (inflamação dos vasos sanguíneos). Com as picadas frequentes torna-se cada vez mais difícil de se achar veias adequadas e por isso o viciado passa a injetar por exemplo nos pés, na jugular e etc. Causa tembém inflamação na válvulas cardíacas.

              Com o uso continuado de heroína, o organismo deixa de produzir endorfinas e entra em colapso se a droga falta. O mais suave estímulo físico é sentido como dor; o estômago e o intestino entram em pane, causando dores abdominais, diarréia e vômito; o coração e a respiração ficam acelerados. Isso acontece porque o corpo passa a produzir noradrenalina em excesso. O organismo fica também incapaz de regular a temperatura e o viciado passa a suar muito e a sentir calafrios.

              • O principal ingrediente do lança-perfume é o éter. A substância deprime o sistema nervoso central, podendo provocar desmaio, enfarte e gastrite. Os inalantes têm propriedades anestésicas e tranqüilizantes, mas podem produzir euforia.

                Afetam a respiração deixando-a descompassada, causam também a sensação de estrangulamento, palpitação do coração e asfixia - priva o cérebro de oxigênio, podem causar impulsividade, irritabilidade, e à medida que o Sistema Nervoso Central vai sendo atingido podem ainda aparecer sintomas como ilusões, delírios e alucinações. Não causam dependência física mas podem causar a psicológica e mais, podem causar parada cardíaca aguda, asfixia, acidentes e colapso de órgãos.

                Pesquisas mostram que usuários crônicos podem sofrer distúrbios neuro-psicológicos. Depois de absorvidos pela mucosa pulmonar, essas substâncias são levadas para o sistema nervoso central, fígado, rins, medula óssea e cérebro, causando neste último o bloqueio da transmissão nervosa. A pessoa apresenta-se com a fala arrastada, e pode-se presenciar estados psicóticos. A morte ainda pode acontecer através da parada respiratória, arritmias cardíacas.

                Existem outras substâncias que também são utilizadas como inalantes para dar o "barato". Aqui estão algumas delas:

                • Cola de sapateiro

                • Fluido para isqueiro

                • Massa plática

                • Acetona

                • Gasolina

                • Clorofórmio

                • Spray para cabelo

                • Éter

      • A história do LSD é relativamente recente. Ela começa em 1943, com o químico suíço dr. Albert Hoffman, que trabalhava para os Laboratórios Sandoz pesquisando derivados do Claviceps purpurea, também conhecido como ergot, um fungo que atacava o centeio.

        Essa droga teve sua explosão de consumo durante os anos 60 quando, enganadamente, foi chamado de "ácido da felicidade" pelos jovens da época que diziam que o álcool matava e por isso deveriam consumir o L.S.D.

        A dietilamida do ácido lisérgico (LSD) é a mais poderosa droga conhecida: menos de 30 gramas são suficientes para produzir mais de trezentas mil doses. Devido a essa potência, a dosagem de LSD é medida em microgramas

        Era utilizada com o intuito de "aumentar o estado de consciência". É uma droga que provoca o funcionamento anormal das manifestações mentais, que distorcem a realidade e o estado de percepção, podendo provocar, assim, o aparecimento de estados psicóticos, depressão, pânico e alucinações, delírios, ilusões, chegando a provocar até suicídios.

        Apenas uma pequena dose é capaz de proporcionar horas de alucinações. A droga interfere na ação da Serotonina, um neurotransmissor, por conter em sua composição uma substância que está presente também na Serotonina.

        Efeitos:

        Seus efeitos variam conforme a sensibilidade de quem o está consumindo e da quantidade. Dentre os efeitos físicos observados, podem ocorrer dilatação da pupila, transpiração excessiva, aumento da temperatura corpórea, e aumento dos batimentos cardíacos e podem também aparecer as náuseas e vômitos.

        Existe um efeito do LSD no mínimo curioso: É a volta dos sintomas psíquicos (alucinações, delírios...) depois de algum tempo (meses e até anos) mesmo sem ter consumido a droga novamente.

        No final da "viagem" vem a depressão, angústia e medo, e causa a dependência psíquica.

        Reações apresentadas por viciados em L.S.D.:

        • Sensação de perda do limite do próprio corpo e o espaço em seu redor;

        • Sensação de que os odores podem ser tocados;

        • Sensação de que os sons podem ser vistos;

        • Sensação simultânea de alegria e tristeza;

        • Sensação de que se pode voar;

        • Sensação de pânico e grande vulnerabilidade;

        • Tentativas de suicídio e surgimento de impulsos homicidas;

        • Perda de controle sobre os pensamentos;

        • Alucinações que surgem vários meses após o uso.

        Dentre seus vários problemas causados podemos citar as variações nos cromossomos que por sua vez vêm a provocar variações no feto em desenvolvimento, nas mulheres grávidas viciadas.

        • Conhecida também como marijuana, é obtida das folhas e flores secas da planta Cannabis sativa e apresenta cerca de 60 substâncias psicotrópicas, sendo a mais importante delas o tetrahidrocanabitol, o THC. Consumida na forma de cigarro, é a droga ilegal mais usada no mundo.

          A pessoa adquire a droga na forma de "trouxinhas" onde a mesma se encontra prensada (como se fosse um tablete), sua coloração é esverdeada, e para se tornar possível o consumo, é preciso desmanchar o tablete para que fique como o fumo encontrado nos cigarros, na forma de folhas picadas, quando então é colocado no papel e enrolado para que o "baseado" (o nome do cigarro de maconha) possa ser fumado.

          Uma consideração importante: O THC, só depois de 20, 25 e até 30 dias, é que é totalmente eliminado do corpo desde a última vez que foi consumido. Só a partir daí é que aparecem os sintomas da abstinência: irritabilidade, inquietação, angústia, tremores, alteração do sono e do apetite.

          Efeitos:

          O número de efeitos produzidos pelo consuma da maconha é grande. Aqui estão alguns deles: tremor corporal, vertigem, náuseas, vômitos, taquicardia, excitação psíquica, diarréia, alterações sensoriais, lentidão do raciocínio, oscilação involuntária dos olhos, zumbidos, desorientação, medo de morrer, depressão, alucinações, amnésia temporária, pânico, idéias paranóides...

          O seu consumo afeta as condições psíquicas e físicas do indivíduo, produzindo desde leves intoxicações até reações violentas, um exemplo é o fato de o indivíduo apresentar-se mais nervoso. Ela provoca na mente um efeito psico-ativo (altera a mente), mas a intensidade desse resultado depende do comportamento do indivíduo perante a droga, ou seja, sua condição física e mental e a reação que a droga por si só pode provocar.

          Está provado que a droga não aumenta a sensibilidade do tato, ouvidos e vista, como se pensava. Ao contrário, a maconha, provoca perda de memória, alteração da concepção de tempo. Diminui a atenção, reduz o tempo da reação, a capacidade de aprender, afeta a percepção e a coordenação dos movimentos.

          Podem surgir sensações de euforia, relaxamento, alteração na identidade e acessos de riso. A maconha pode provocar reações violentas de pânico e ansiedade depois da fumada. Esses sintomas desaparecem depois de várias horas. Seu uso contínuo pode desenvolver uma tolerância e dependência psíquica.

          Pesquisas científicas demonstram que ocorre diminuição das células reprodutoras de homens e mulheres, assim como diminuição da mobilidade; aparecimento de exemplares em formato anormal; trazendo, assim, dificuldades reprodutoras para o homem.

          Outras pesquisas indicam que a maconha pode reduzir a produção de hormônio masculino, a Testosterona, e gerar o aumento da mama do homem (ginescomastia). Afeta ainda o crescimento nas pessoas jovens.

          • O ópio é um látex obtido da incisão dos frutos imaturos de várias espécies de papoula. A droga tem seu consumo difundido no oriente, principalmente na China, onde existem locais próprios para se consumí-la, e foi até motivo declarado de guerra: a Guerra do Ópio entre a China e a Inglaterra em 1840.

            Esta droga é consumida depois de ser aquecida, sendo inalada, provocando euforia e sonhos confusos. Tem como principais derivados a morfina e a heroína. Tem como um de seus motivos o efeito analgésico.

            A síndrome de abstinência ocorre quando se suspende bruscamente a droga, e inclui-se uma enorme gama de alterações físicas e psíquicas. A tolerância significa que os viciados nessas drogas precisam de doses cada vez maiores para obter os mesmos efeitos das vezes anteriores. Nas primeiras 4 horas , a síndrome de abstinência do viciado em ópio produz duas alterações ou sintomas: passadas 8 horas, surgem oito alterações; após 12 horas, quinze alterações; entre 18 e 24 horas, 25 alterações; entre 24 e 36 horas surgem 34 alterações. Essas alterações incluem: prostação intensa, tremores musculares, ondas de frio e calor, dores ósseas e musculares, vômitos, febre, diarréia, desidratação, hiperglicemia, estando ainda sujeito a complicações neurológicas gravíssimas como abcesso cerebral, meningite, necrose da medula, cegueira, crise convulsiva, acidente vascular cerebral, coma narcótico.

            Mesmo se livrando da droga, o viciado, nos primeiros 7 ou 8 meses, ainda apresentará os seguintes efeitos remanescentes: diminuição dos batimentos cardíacos, redução da pressão arterial, o mesmo da temperatura do corpo, aumento de adrenalina no sangue, grande sensibilidade ao stress e aumento de sintomas depressivos, sintomas esses que podem fazer o viciado retornar ao vício. Pode induzir ao aborto ou parto pre-maturo além de intoxicar o feto que frequentemente o mata após o parto e, se sobreviver, apresentará sintomas da síndrome de abstinência.

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